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domingo, julho 27, 2008

APETRECHOS DE FÉRIAS: RESPIRAR E LAVAR

Em pleno século XXI, retornar a meados do século XX, num lugar diferente do habitual, para exercitar os neurónios do repouso, pode acontecer usarmos este apetrecho, com ele regando as flores e tomando, pelas seis da tarde, um copioso banho, os pés nus sobre as lajes do quintal.

Estas plantas, que rodeiam o quintal, têm uma duração de vida maior do que a minha, vão sobrar para os outros, e espero que os outros, mesmo retraídos pela escassa cultura da globalização, ainda tenham à sua disposição aquela mangueira, ou similar, e sobretudo que ainda exista água para usos domésticos indiscriminados.

Com máquina de lavar roupa ou não, conservo sempre este cabo, já lasso, onde gosto de ver roupa lavada, íntima, descomprimida, a dormir na espera do seu modo de vida sobre a pele humana. Parece que estou a ver imagens dos anos 40 e do tempo da guerra, em que se fazia sabão em casa, numas lindas caixas de madeira de pinho. Toda a gente devia aprender isso na Escola. Toda a gente devia treinar a lavar roupa nas pedras que marginalizam o rio, em pleno açude.

Um comentário:

jawaa disse...

Quase perdia esta água fresca em dia de calor intenso...