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sexta-feira, julho 04, 2008

VOLTAR AO REFÚGIO DÁ-NOS DE NOVO A PAZ

Somos feitos de memórias e sem elas, sem a sua grandeza e a sua qualidade, não seríamos capazes de projectar verdadeiramente o futuro. No sonho ou na convicção das somas consistentes. Os nossos hábitos, no fundo, consolidam-se da mesma forma, ordenando-se pela colagem a coisas que nos lembram outras coisas,mudanças, estabilidades, rotinas, a dedicação a lugares remotos, doce aprisionamento, dia a dia nos sítios onde vivemos e onde acumulamos objectos, adereços, livros, roupas, fotografias, aí sim, entre retiros exíguos servindo para pensarmos ou rever as imagens do mundo, interioridades estranhas, conlitos, possíveis lutas de reunificação das energias. O presente é fugaz, em todo o caso, ponte que nos afasta dos factos a montante do nosso percurso, sobre o rio da existência, aproximando-mos assim de reconstruções possíveis, do real e do sonho a jusante.

3 comentários:

naturalissima disse...

É sempre uma necessidade, voltar ao meu "cantinho"... Lugar onde me sinto mais segura, em paz, tal como diz o tio. Lugar onde posso estar comigo, sonhar e realizar coisas.

Senti-me por inteira neste texto.

onírica disse...

Também sou um coleccionador de sonhos :)

Encontro-te por um acaso.
Li e compreendi, que possa estar aqui um encontro ocasionalmente feliz, pois procuro reunir alguns textos reflexivos da minha “obra”, de algumas pessoas, com interesse e gosto pela escrita, de numa perspectiva critica, construtiva e criativa no mundo das artes.
Lanço-te neste sentido, o desafio de poderes estar interessado, em participar com algumas das tuas palavras sábias, contornando e enriquecendo com este suporte escrito uma complementação do meu ser e obra.
Espero feed-back!

abraço paulo

jawaa disse...

Belo o seu lugar que eu já «conhecia» pelas rosas.
Curioso, também andei por aí, postando sobre o casulo que tecemos...